“Um coração, que frouxo
A grata posse de seu bem difere,
A si, Marília, a si próprio rouba,
E a si próprio fere.”
Tomás Antonio Gonzaga
Ah! tolo e teimoso amor
que adia a posse de seu bem querer!
Ah! tolo coração tão negligente,
que a si próprio rouba,que a si mesmo fere
por não fazer seu reino//em sua amada.
Ah! tolo sentimento que se esconde
e finge desapego enquanto há ânsia,
que sedento e voraz se mostra desdenhoso
e em descaso camufla o poderoso amor.
Ah! tolo amado meu, tão adorado,
que me trata quase sempre pelo avesso.
Irreverente, bruto ou desatento
em ríspidas palavras e atitude
afasta o que lhe é mais predileto.
Ah! tola e tão repleta de esperança
que sem soberba, desavergonhadamente,
insolente, me faço seu banquete
quando distraído, me permite amar.
Tania Renato
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
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